Querido diário... no dia 26 de janeiro soube que tinha passado pro curso na faculdade que eu muito queria. Pulei, gritei - baixinho, por ser noite, mas gritei - falei palavrão, enfim... Comemorei!
Dia 23 de fevereiro seria o primeiro dia, não de aula, mas de apresentação... Falariam como seria a vida na faculdade. Um outro mundo! Embora meu colégio tivesse sido um perfeito simulado dela - aliás, agradeço muito isso. Aí teve um pequeno trote, como o de costume. Pintaram algumas pessoas, eu até teria ido, mas quando vi a goma... tcs tcs tcs... Corri! Bem, fugi no primeiro dia, mas no dia 24... Outro trote, esse sim, era um trote!
Nos fizeram andar de elefantinho, fazer pedágio, brincar de 'atirei o pau no gato', cuidar de um 'ovo-filho' e depois, cruelmente, quebrá-los na cabeça dos seus pais, levar banho de tinta - e alguns de lama - leiloar os meninos, enfim... Acho que fui a bixo mais atacada, desde o começo fui pintada por estar no telefone com outra bixo. Imagina, querido diário, todos estava só com pequenas manchas de tinta na testa, braço, no momento em que fomos pra biblioteca e eu, toda pintada, dos cabelos aos braços... tcs tcs tcs... 'Eu sou bixo e mereço isso'
Não fugi da farinha nesse segundo dia... Tive de almoçar no Restaurante Universitário daquele jeito que eu estava.
Depois ainda fui andando até o IJF para ver minha mãe... todos os pacientes me olhavam rindo... Fui para casa de ônibus, com aquele cheiro horrível do ovo, sem contar das pessoas conhecidas que me viram na rua... Porque, claro, não basta estar toda pintada e 'engomada', tinha de ter pessoas conhecidas pra zoar - quando estou cansada na parada de ônibus, nenhum conhecido passa, mas quando é em situações assim... Estava de um jeito tão colorido, que achei que faria 'xixi' Restart... tcs tcs tcs.
Ah! Não contei... No pedágio, houve até um cara que jogou duas moedas de vinte e cinco centavos no ar e tivemos de esperar o sinal fechar para ir pegá-las. Teve, também, os vendedores de água que pediram para pararmos por estar atrapalhando suas vendas. Enfim...
Mas, quer saber de uma coisa? Eu adorei o pessoal. Agora que o cansaço amenizou e depois de árduas cinco lavadas de cabelo e de ver o bronze com as marcas da tinta craquelada, pude parar pra pensar em tudo com calma... Foi tudo muito bom - para uma vez na vida, ou uma vez em um curso, que fique claro! - e todos muito legais!
Foi, realmente, um dia pra ficar guardado!
Um belo modo pra começar a faculdade!
25 de fevereiro de 2012...
Todos têm seus desejos secretos, seus sonhos impossíveis, mas tudo se torna mais fácil quando o coração é transposto para o papel.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
A consulta...
Com sua licença doutora...
Pois não, entre! O que me diz moça?
Mais fácil seria o que não dizer...
Entendo... E é tão grave assim?
Estou aqui, em um consultório psiquiátrico não estou? Então... Achas que serias simples?
Desculpe... Foi erro meu...
Erros... Aqueles pequenos detalhezinhos que nos matam... Mas erros são bons sabe?! Erros são essenciais...
Hum...
Mas me digas doutora... O que achas da vida?
Eu, o que acho da vida?
Claro, existe mais alguém aqui a quem me refiro com esta pergunta? Caso seja sim a resposta, desculpe-me, não dei-lhe um 'boa tarde' à altura...
Seu sarcasmo me impressiona...
Mesmo? Fico grata... O sarcasmo me aprisiona, me inspira, me excita e me deixa extremamente apaixonada...
Pelo seu jeito de falar... Você já pensou em...
Escrever???
É, foi o recurso que me ficou e que me foi fiel desde os primórdios...
Tenho pena do meu computador, coitado, sempre tem de ficar escutando, mesmo sem querer, tudo que acontece ao meu redor...
Minhas dores, súplicas, saudades, alegrias, entre tantas outras coisas que nem mesmo eu lembro existir...
Neste momento como estou?
Não sei!
Descrente talvez!
Mudança de colégio, afastamento de amigos, colegas novos, vida nova, horário novo, amor novo...
Tinha de haver amor no meio não?
Preferiria não!
Estou cada vez mais desesperada... Quanto mais procuro, menos acho.
Quanto mais me iludo, mais me mato...
Talvez seja esse o problema... A procura...
De tanto procurar, não me deixo ser procurada... Estou sempre correndo contra o tempo para achar alguém que muitas vezes nem mesmo se encontra no mapa...
Sempre acho a mesma coisa: dor!
Se já me perguntei que não fui feita para amar?
Já! Inúmeras vezes! Por que nunca dá certo? Por que sempre acaba no começo? Por que sempre me entristeço?
Enfim...
Como eu queria estar? Quem eu queria ser?
Queria ser como fui antes, aquela doce menina que vivia em seu mundo repleto de magia, um mundo roxo, um mundo só dela...
O que me falta?
Falta-me a falta do nada... Falta-me o romantismo que eu haveria por muito tempo, mas que por dores, que esses meninos duramente me deram, me tiraram...
Um romantismo que já fora tão expresso em papéis e até mesmo aqui no computador...
Um romantismo de dar inveja...
Um romantismo de se sentir falta... Saudade... Aperto no coração ao lembrá-lo...
O que farei agora?
Seguirei em frente... Mostrarei àqueles que me perderam (que irônico, uns não sabem nem que me tiveram...) o quão precioso valor eles possuíam nas mãos...
Mostrarei agora, até para mim, do que sou capaz...
Estudarei?
Demais!
Viverei?
Louca e eternamente...
Escreverei?
Você verá como...
Amarei?
Não há como não amar...
Matarei?
Saudades talvez...
É fácil falar não achas...
Exato, difícil fazer... Mas é possível tentar...
Meu romantismo? Será a primeira coisa a tentar reconquistar...
Minha seriedade e calmaria ao espaço se lançarão...
Amigos hei de muito cultivar...
Amor hei de semear...
E a vida? aaah a vida...
Essa... Eu mesma hei de exaltar!!! Por fim... Desculpe meu ‘grosseirismo’ para com sua pessoa...
Adorei conversar com você... Isso se, podemos mesmo definir o que tivemos há pouco como conversa...
Foi como um alívio, um desabafo não?
Talvez sim, talvez não...
Agora desculpe, mas tenho de ir... Minha mãe, pessoa na qual grito aos quatro cantos o quanto amo, precisa entrar aqui no banheiro agora...
Enquanto tinha minha consulta particular em frente ao espelho, ela grita do lado de fora, atrasada ao trabalho e eu aqui com você estando a falar...
Agradeço enormemente sua ajuda... Caso precise, não se acanhe em chamar-me... Só peço para que não seja em um momento de estresse da minha mãe, sabe...
Ela pode ficar aborrecida, entendo...
Agora preciso mesmo ir...
Até mais...
Até logo...
Prometo na próxima voltar mais forte...
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Gêmeas... Não irmãs de sangue, mas de cabeça, de alma, coração... Melhor imagem q encontrei pra definir qdo olhamos uma pra outra e dizemos: GÊMEAAAS!
For: Ingrid
From: Lieby
Sabe quando você não sabe explicar certas coisas que acontecem na vida? Ou melhor, certas pessoas que entram na sua vida e do nada se tornam mais que especiais? Parece até clichê, mas quem já passou por isso, sabe bem do que eu estou falando.
Eu fazia um curso pela segunda vez, enquanto que ela o fazia pela primeira. Era um curso para conseguir uma bolsa integral escolar em um renomado colégio. Nele poderiam fazer alunos de 9ª série, 1º e 2º anos, e lá aprendíamos quatro distintas disciplinas para no final fazer uma prova onde os melhores ganhavam a bolsa.
Comecei a falar com ela por intermédio de uma amiga minha, que por ironia possuía o mesmo nome que o dela, a mesma letra, o mesmo sobrenome, enfim... Dei um ‘oi’ por aquela noite. No outro dia, a vi sozinha, e como em mim é quase que um instinto não gostar de ver ninguém sozinho sempre vou falar com a pessoa, melhor ainda se eu a conhecer. Assim fiz com ela. Dei ‘oi’ e pouco depois ela estava conosco, (comigo e a minha amiga de mesmo nome, sobrenome...) conversando, embora ainda meio acanhada, e andando pelo colégio.
No último dia de curso, lembro que minha amiga faltou e ela ficou perto de mim e por toda a noite, ficamos conversando.
O engraçado é que no curso mal nos falávamos, éramos mais como duas colegas, e nosso contato pela internet, como era de se esperar, foi diminuindo... Começamos com um ‘oi, tudo bem, novidades?’, depois passou a ‘oi, tudo bem?’ e depois nem mesmo havia um ‘oi’.
Os dias passaram. Até que um dia, do nada, resolvo dar um ‘oi’, mesmo sabendo das outras tentativas falhas de conversas anteriores, mas resolvo arriscar. Para minha surpresa, a gente se identifica e como se identifica, a ponto de no outro dia voltarmos a nos falar. Aos poucos, dois dias, fomos nos tornando amigas e mais que isso, com todas as semelhanças, acabamos por nos denominar ‘gêmeas’ pois nossas semelhanças eram tantas que chegavam a assustar. Até o jeito de falar, de escrever, o jeito de sentar, os gostos e desgostos, a cor preferida, as manias, os fatos ocorridos na vida, as tragédias amorosas (essas foram as que mais nos ajudaram a nos unir), enfim, até o fato de falarmos ao mesmo tempo, como gêmeas realmente, acontecia.
Por fim, pensávamos que iríamos nos separar, uma vez que o curso havia acabado... Mas para nossa surpresa, na noite de último dia de aula do curso, havíamos comentado que tínhamos ganhado duas das bolsas do curso e ao nos lembrar disso, felizes ficamos, ao saber que a amizade que acabara de começar não teria de terminar.
Tentamos fazer um blog, que até hoje está em andamento, criamos nosso mundo particular, onde prometemos que sempre estaríamos, para fugir desse mundo cruel e desses meninos doentes que o habitam.
No colégio, a encontrei pela primeira vez depois do curso. Felicidade? Não sei bem. Estava tão atordoada por ser novata que os sentimentos foram se sobrepondo. À princípio não a vi no primeiro dia de aula, por meio das confusões de primeiro dia, aliás, esse seria um dos temas do nosso blog (o primeiro, mais especificamente) mas não deu certo.
E ao longo desse tempo, eu a fui conhecendo melhor. Fui vivendo momentos únicos, fui compartilhando alegrias e tristezas, foram tantos que esse mero papel não pode agüentar.
Por ela senti amizade; por ela senti conforto; por ela senti carinho; por ela senti raiva, raiva de não conseguir por ela sentir raiva, enquanto que do resto do mundo eu estava; por ela senti ciúmes, os quais não foram nada poucos; por ela senti medo, medo de perdê-la, medo de não mais vê-la, medo de magoá-la, medo de simplesmente ela não me ver mais como a amiga super idêntica que ela um dia pensou ter, medo de ela acordar e ver que o que ela sentia por mim não passava de simples admiração momentânea, enfim... Mas o principal que senti por ela foi amor... Um amor fraterno, um amor maior que amizade, um amor de irmandade... Um amor ímpar de ‘sisterzinhas’... Algo, que de explicações, sente falta, mas que não necessita dessas explicações para sobreviver...
Por fim, eu digo a vocês caros leitores, que se algum dia encontrarem alguém assim como eu encontrei, não as deixe sair pela mesma porta que entraram. Mostre-a outra porta, a porta do seu coração e deixe com que o tempo, o nosso cirurgião do mundo, aja fazendo de vocês ‘gêmeos’, assim como eu e minha sisterzinha que eu tanto amei, amo e acho q será muito difícil deixar de amar...
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