sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Gêmeas... Não irmãs de sangue, mas de cabeça, de alma, coração... Melhor imagem q encontrei pra definir qdo olhamos uma pra outra e dizemos: GÊMEAAAS!

For: Ingrid
From: Lieby
Sabe quando você não sabe explicar certas coisas que acontecem na vida? Ou melhor, certas pessoas que entram na sua vida e do nada se tornam mais que especiais? Parece até clichê, mas quem já passou por isso, sabe bem do que eu estou falando.
Eu fazia um curso pela segunda vez, enquanto que ela o fazia pela primeira. Era um curso para conseguir uma bolsa integral escolar em um renomado colégio. Nele poderiam fazer alunos de 9ª série, 1º e 2º anos, e lá aprendíamos quatro distintas disciplinas para no final fazer uma prova onde os melhores ganhavam a bolsa.
Comecei a falar com ela por intermédio de uma amiga minha, que por ironia possuía o mesmo nome que o dela, a mesma letra, o mesmo sobrenome, enfim... Dei um ‘oi’ por aquela noite. No outro dia, a vi sozinha, e como em mim é quase que um instinto não gostar de ver ninguém sozinho sempre vou falar com a pessoa, melhor ainda se eu a conhecer. Assim fiz com ela. Dei ‘oi’ e pouco depois ela estava conosco, (comigo e a minha amiga de mesmo nome, sobrenome...) conversando, embora ainda meio acanhada, e andando pelo colégio.
No último dia de curso, lembro que minha amiga faltou e ela ficou perto de mim e por toda a noite, ficamos conversando.
O engraçado é que no curso mal nos falávamos, éramos mais como duas colegas, e nosso contato pela internet, como era de se esperar, foi diminuindo... Começamos com um ‘oi, tudo bem, novidades?’, depois passou a ‘oi, tudo bem?’ e depois nem mesmo havia um ‘oi’.
Os dias passaram. Até que um dia, do nada, resolvo dar um ‘oi’, mesmo sabendo das outras tentativas falhas de conversas anteriores, mas resolvo arriscar. Para minha surpresa, a gente se identifica e como se identifica, a ponto de no outro dia voltarmos a nos falar. Aos poucos, dois dias, fomos nos tornando amigas e mais que isso, com todas as semelhanças, acabamos por nos denominar ‘gêmeas’ pois nossas semelhanças eram tantas que chegavam a assustar. Até o jeito de falar, de escrever, o jeito de sentar, os gostos e desgostos, a cor preferida, as manias, os fatos ocorridos na vida, as tragédias amorosas (essas foram as que mais nos ajudaram a nos unir), enfim, até o fato de falarmos ao mesmo tempo, como gêmeas realmente, acontecia.
Por fim, pensávamos que iríamos nos separar, uma vez que o curso havia acabado... Mas para nossa surpresa, na noite de último dia de aula do curso, havíamos comentado que tínhamos ganhado duas das bolsas do curso e ao nos lembrar disso, felizes ficamos, ao saber que a amizade que acabara de começar não teria de terminar.
Tentamos fazer um blog, que até hoje está em andamento, criamos nosso mundo particular, onde prometemos que sempre estaríamos, para fugir desse mundo cruel e desses meninos doentes que o habitam.
No colégio, a encontrei pela primeira vez depois do curso. Felicidade? Não sei bem. Estava tão atordoada por ser novata que os sentimentos foram se sobrepondo. À princípio não a vi no primeiro dia de aula, por meio das confusões de primeiro dia, aliás, esse seria um dos temas do nosso blog (o primeiro, mais especificamente) mas não deu certo.
E ao longo desse tempo, eu a fui conhecendo melhor. Fui vivendo momentos únicos, fui compartilhando alegrias e tristezas, foram tantos que esse mero papel não pode agüentar.
Por ela senti amizade; por ela senti conforto; por ela senti carinho; por ela senti raiva, raiva de não conseguir por ela sentir raiva, enquanto que do resto do mundo eu estava; por ela senti ciúmes, os quais não foram nada poucos; por ela senti medo, medo de perdê-la, medo de não mais vê-la, medo de magoá-la, medo de simplesmente ela não me ver mais como a amiga super idêntica que ela um dia pensou ter, medo de ela acordar e ver que o que ela sentia por mim não passava de simples admiração momentânea, enfim... Mas o principal que senti por ela foi amor... Um amor fraterno, um amor maior que amizade, um amor de irmandade... Um amor ímpar de ‘sisterzinhas’... Algo, que de explicações, sente falta, mas que não necessita dessas explicações para sobreviver...
Por fim, eu digo a vocês caros leitores, que se algum dia encontrarem alguém assim como eu encontrei, não as deixe sair pela mesma porta que entraram. Mostre-a outra porta, a porta do seu coração e deixe com que o tempo, o nosso cirurgião do mundo, aja fazendo de vocês ‘gêmeos’, assim como eu e minha sisterzinha que eu tanto amei, amo e acho q será muito difícil deixar de amar...

2 comentários:

  1. Poxa, isso é demais pro meu pobre coraçãozinho aguentar...eu acho que vc deve saber o que significa pra mim pq eu faço questão de dizer todos os dias, mas ainda assim acho que não é suficiente diante dessas lindas palavras, desse jeitinho que só você sabe expressar. Eu sei que isso vai ficar guardado pra sempre, e que eu vou lembrar da nossa amizade sempre assim, com esse sorriso banhado de lágrimas...de saudade das coisas boas, de gratidão por ter te conhecido, de felicidade por não ter acabado.

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  2. ... exatamente assim: sorriso banhado de lágrimas!
    sua mocinha q tanto amo!!!!
    anjinha de Deus pra mim!

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