terça-feira, 31 de maio de 2011

É proibido

"É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual."

domingo, 29 de maio de 2011

Felicidade

Receita de felicidade.
Cada um, a sua deve fazer.
E para fazer isso,
Você tem que se conhecer.

Felicidade é uma busca
De todos os seres humanos. 
E tem sido um mistério
Durante todos esses anos.

Ninguém é totalmente feliz
Se dizem isso, é mentira.
Mas também, não seja infeliz.
Bote coisas boas em sua mira.

Dentro de nós mesmos,
Podemos a felicidade descobrir.
Então tente ser simpático
E ponha-se para sorrir.

Tenha Deus no seu coração,
Pois só assim conseguirá amar.
Coloque sua fé em ação
E tudo irá alcançar.

Aproveite para valer
Pois não terá duas vidas.
Então não pode esquecer
De abandonar suas feridas.

Não esqueça da amizade,
É um dos ingredientes principais,
Pois semeia a fraternidade
E a cumplicidade ainda mais.

Por isso não perca tempo,
Trate logo de ser feliz.
Viva bem a todo momento!
E seja da vida um bom aprendiz.

Obs: To divulgando aqui uma das primeiras poesias que eu fiz na vida, no ano de 2007. Eu acho ela bem fofa   *--*

Por: Ingrid Carvalho (enquanto Lia Ventura)

sábado, 21 de maio de 2011

Me aches...





Por onde andas?
Por onde ficou
aquele gosto tão bom
que em minha boca ficou?

Agora é assim que fico...
 Pego em minha boca
mas da tua me lembro,
mas é a tua que sinto...


Falta me faz...


Do meu reflexo ando fugindo
Da minha boca no espelho fujo 
para não enlouquecer de tristeza, juro! 
Procurando pela tua na saudade da minha 
Tocando-me, iludida, pensando ser sua mão, a minha...


Meu sorriso está modificado 
Devolve-me, traz meu olhar adoçado 
que agora, anda tão molhado...


Por onde tens andado tal sabor de coca-cola,
de filme ao fim de tarde,
de abraço demorado, apertado, de namorados...?
Saudade...

Por onde tu tens me deixado?
Em que esquina esqueceu meu olhar?
Em que quina bateu meu coração
e o esquecestes de curar?
Em que vila deixou minha vida
assim, tão fria, vazia, sozinha, ia... ia... ia...?

Por onde tens levado meu sorriso?
Devolva-me!
Não aguento mais olhos sumidos,
tão pensativos
tão... sei lá!

Não precisa voltar!
Apenas mata essa dor
e essas borboletas, antes amigas,
agora, malditas
que me fazem chorar...

Por favor!
Me traz de volta...
Me traz...
De volta...
Volta...          




Por: Ana Lieby ^^ (21/05/2011)...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

In Musicland.


A música me fascina de todas as maneiras que você possa imaginar. Sabe aquele momento que tá aquele silêncio entre você e alguém, e começa a tocar uma música, parece que nenhum diálogo é necessário? A música nos foi presenteada como uma forma a mais de comunicação, uma linda e perfeita forma de comunicação. Já reparou que quando você conhece alguém vai logo perguntando sobre o gosto musical ? É aquela coisa, a música te define. E aquela canção que você escuta e lembra de alguém? Lembra de um momento? Lembra de uma fase da sua vida?  A música faz parte da sua memória.  Muitas vezes você está profundamente magoado, ou desiludido com a vida, e vai logo procurar ouvir aquele cantor, aquela banda que você ouve sempre. E mesmo que com um rio de lágrimas, a sua dor parece ser compartilhada, naquele momento.











É tão prova que o ser humano e a música foram feitos um pro outro, que a relação entre os dois é de dependência. Não dá pra esconder, temos vontade de cantar, tocar algum instrumento, ou pelo menos admiramos quem o saiba fazer com talento. Produzir um som com sentido faz você se sentir mais capaz, atento e ao mesmo tempo relaxado, é um processo de aprimoramento, de entrega sem fim.  













      Sabe, um dia, ao invés de sentir identificação, eu cheguei a sentir raiva, por tantas músicas descreverem o que eu sentia. Eu pensei que meu sentimento tinha sido banalizado, pois se todo mundo escrevia sobre aquilo, era algo mais comum do que eu pensava, e eu era apenas mais uma que havia caído no “conto da Cinderela”...uma certa indignação tomou conta de mim, e por um tempo eu não quis ouvir mais nenhuma daquelas ‘coisas’ que eu vinha escutando. Depois meu coração foi se acalmando, e eu percebi que tinha um lado bom nisso tudo...se todo mundo passava pelo mesmo que eu, eu teria que ser forte como eles foram, e passar por cima dos monstros que me atormentavam. O problema estava dentro, e não fora. Se a música me incomodava tanto é porque ela era a única que conseguia ultrapassar a barreira de falsidades que eu havia criado em torno de mim, por que eu me tornara tão boa em esconder aquilo, que ninguém mais percebia. Poderia ter sido um desfarce perfeito, mas aquela letra escolhida a dedo, e aquela melodia semi-divina haviam me desmascarado, e foram pedir contas diretamente à minha alma.


"Prefiro a música. Porque ela ouve o meu silêncio e ainda o traduz, sem que eu precise me  explicar."


Por: Ingrid Carvalho enquanto Lia Ventura



terça-feira, 17 de maio de 2011

Pérolas do vestibular - Comentadas por professores.

Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio. (Já imaginou?)


Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor. (Nada mais justo. Não dá para viver a eternidade desconfortavelmente)

·         O problema fundamental do terceiro mundo é superabundância de necessidades. (O animal que escreveu isso deve ter raciocinado com a própria abundância e não com o cérebro.)

·         O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d'água. (Sim, isso foi no mesmo período geológico em que as aves tinham vertigem e as minhocas claustrofobia.)

·         A Igreja, ultimamente, vem perdendo muita clientela. (Posso concluir que a culpa é do Papa, que seria o Vice-Presidente de Marteking. E a Companhia de Jesus, dos Jesuítas, seria a mais antiga das S.A's.)

·         O sol nos dá luz, calor e turistas. (Esse, com certeza é carioca).

·         Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso. (Entendeu né? Todo discurso de político é uma Lenda.)

·         A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrário. (O relógio desta besta deve ter cm, m e km.)

·         A harpa é uma asa que toca. (Imagine a definição dele para um Trombone de Vara... )

·         A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo. (Se Marco Polo tivesse viajado aos EUA traria a Febre Vermelha, dos índios...)

·         O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia. (Imagine o alívio que senti ao ler isso.)

·         A insônia consiste em dormir ao contrário. (Perfeito. Morte é viver ao contrário, não é?)

·         As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia. (Para mim, a mais "marcante" de todas. )

·         O batismo é uma espécie de detergente do pecado original. (Já a Confissão seria o sabonete, para uso diário...)

·         Os estuários e os deltas foram os primitivos habitantes da Mesopotâmia. (Que que é iiiiiiisso!!!!!! )

·         O objetivo da Sociedade Anônima é ter muitas fábricas desconhecidas. (O Tráfico de Drogas é a maior das S.A's.)

·         A respiração anaeróbica é a respiração sem ar que não deve passar de três minutos. (Meu medo é descobrir que um quadrúpede desses foi meu aluno...)

·         O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo. (Fala a verdade. Não te dá uma sensação de vazio, impotência...)

·         Antes de ser criada a Justiça, todo mundo era injusto. (Graças a Deus, só falta uma....)

·         Caractere sexual secundário são as modificações morfológicas sofridas por um indivíduo após manter relações Sexuais. (Agora, imagine a aparência de uma prostituta depois de 15 a 20 anos de "Modificações Morfológicas".)

domingo, 15 de maio de 2011

5 Conselhos para sua vida

Sei que se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. Mas eu me sinto no dever de compartilhar o que eu observo, muita gente que eu amo se dá mal por besteira, e eu mesma já cai em muito desses erros:

1 - Muito cuidado com o que você deseja. Geralmente empenhamos muito tempo e/ou dinheiro para alcançar algo que julgamos ser o ideal, e quando finalmente o temos, vemos que não era exatamente aquilo que imaginávamos. A dica é pedir sempre o ponto de vista das pessoas que já alcançaram isso. Lembre-se: Querer sempre "ir além" é diferente de querer sempre "mais", enquanto o primeiro visa qualidade o segundo visa apenas quantidade.

2 - Antes de assumir um compromisso afetivo com alguém, seja ele qual for, pense bem se a sua vida oferece disponibilidade para que você construa tal laço, pois mantê-lo requer empenho e capacidade de abrir mão de algumas coisas. Não se pode simplesmente sair querendo criar vínculos se você não pode fortalecê-los.

3 - Poucas pessoas na vida irão te impulsionar a crescer. Mas por serem raras, não significa que todas sejam confiáveis. Uma parcela dessas pessoas quer que você chegue no alto para que elas possam te empurrar lá de cima e assistir sua queda de camarote.

4 - Quando você sentir vontade de falar mal de alguém, SE SEGURE. Geralmente você vai falar em um momento de raiva, e depois que se acalmar, vai refletir e ver que as coisas não eram realmente como você pensava. De qualquer forma, depois de dito, você não tem a certeza se o que você disse não irá chegar aos ouvidos da pessoa-alvo, e se acontecer...não diga que eu não avisei ! (O mesmo vale para vontade de vinganças e mentiras)

5 - Se você errar feio em alguma coisa (acredite, vai chegar esse dia)  e se arrepender verdadeiramente por isso, peça perdão a Deus, aos envolvidos e continue tocando a vida. A partir do momento que seu erro se torna uma experiência para que você acerte na próxima, não adianta ficar se martirizando ou se culpando eternamente por isso, dessa forma você só irá se oprimir e ficar impossibilitado de agir. (Isso não significa que temos o direito de sair avacalhando achando que todos os erros são esquecidos facilmente, algumas consequências perduram anos e até uma vida

Por: Ingrid Carvalho enquanto Isadora Montenegro  

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Lembranças...

"... E assim se foi a janela... E assim se foi o amor..."




Vocês já perceberam que o ônibus pode ser um ótimo meio para conduzir não só as pessoas aos lugares destinados mas também pôr em ordem muitos de seus pensamentos?

Gosto de andar de ônibus, certo que ao andar de carro o cômodo é maior e ainda podemos dormir sem ter a preocupação de passar da parada, mas chega um certo dia que quem já experimentou o ônibus vai sentir falta.


Uns sentem falta da lotação, daquele “empurra-empurra”, e até, acreditem se quiser, daquele cheiro incômodo. Eu sinto falta da janela. Da minha janela. Nela, eu tinha meu momento de organizar meus pensamentos. Ela estava sempre me esperando às doze horas e quinze minutos todos os dias, exceto sábado e domingo. Quando não conseguia sentar-me perto dela, esperava o mínimo gesto que indicasse que estaria na hora da pessoa, que ocupou meu lugar, sair. Então eu corria em direção a ela. Era feliz o momento!


Hoje, resolvi voltar a encontra-la. Passei certo tempo sem vê-la. Mesmo com o conforto do carro, senti falta e voltei. Ainda mais hoje, o dia em que eu precisava pôr em ordem meus pensamentos.


Mas, nesse dia, não era uma segunda-feira ou outro dia de semana como o de costume, e não estava no mesmo horário de sempre. Às treze horas, peguei o ônibus. Para a minha surpresa ele estava atrasado. Ainda bem, pois era nele que estava a minha janela!


Sentei. Por um momento me senti em conforto. Olhei para fora e avistei o céu azul de primavera. O sol sorria. Pode parecer clichê, mas no meu trajeto de volta para casa, até os pássaros cantavam. Meus olhos suavam.


Era comum ao olhar as nuvens, tentar lhes dar formas. Depois serviriam de porta para inicializar meus pensamentos. Mas, nesse dia nem tentei. Apenas olhei. De repente, pareciam passar como cenas de um filme. Até que uma me chamou atenção. Eram duas mãos. Duas mãos se acariciando. Uma se fechava sobre a outra procurando protege-la. A outra, protegida, apertava-lhe forte contra a palma aquela que lhe protegia, como se não quisesse sair dali.


Aquela imagem foi me fazendo lembrar de algo que eu muito sentia falta, algo familiar, mas que eu não sabia o que era. Suei mais. Foi então que as mãos deram origem a duas pessoas: um casal. Como era lindo seu abraço. Ela se encaixava formosamente nele enquanto ele a envolvia em seu corpo. Os olhos dela descansavam felizes, enquanto ele a beijava na testa e parecia dizer o quanto a amava. Ela sorria envergonhada e lançava alguma implicância para ele. Na verdade, essa implicância nada mais era do que um “te amo” que ela tanto queria falar e não conseguia. Suas mãos ainda estavam encaixadas. E a imagem ali congelara-se.


Eu assistia a tudo atenta. Quanto mais envolvente a cena ficava, crescia em mim uma angústia. Só a minha janela me entendia e assistia comigo aquela cena.


Na medida em que eu ia me aproximando de casa, os prédios teimavam em cobrir aquela cena, e quando isso acontecia, a cena parecia mudar o cenário, mas os personagens continuavam. Eu os já havia visto antes, mas onde? Também pareço conhecer essa história, essa cena não me era estranha. Mas por quê? Quem eram e porque mexiam tanto comigo?

Passou outro prédio, ou melhor, passei por outro prédio. Os dois estavam agora em uma praça. Ele deitado sobre o colo dela, olhavam o céu estrelado. O garoto para e olhar o céu e a contempla. A menina não gostava de ser observada, ele sabia disso, mas não resistia. As mãos continuavam entrelaçadas. Os olhos agora se fitavam. Mas a atração dos dois corações foi tão grande, que a solução foi tentar se aproximar. Para isso, os olhos se fecharam, os braços se entrelaçaram e os lábios se beijaram.

Mas passamos por outro prédio. E dessa vez a cena estava em uma escola. Essa escola também me era familiar, assim como a praça, o abraço, o beijo e as mãos. Mas quem eram? Por que me faziam suar daquele jeito? Minha janela não podia me dar tal resposta. Ela, também, assistia calada a tudo comigo. Essa parece ser a última cena. A mais dolorosa. Ela se baseava em um conjunto de outras cenas.


A primeira era em uma sala de aula. A menina parecia estar estressada, mas tudo nela se acalmava ao vê-lo. Ele a abraçava feliz, como se ela fosse peça chave naquela sua rotina. Em seguida iriam se sentar para assistirem à aula, dando origem à segunda cena. Nela, os dois corpos estavam virados pra frente, atentos à aula, mas seus corações estavam virados, brincando. Até que os corpos também viraram por instantes. Ele a olhava enquanto ela fazia um desenho de coração seguido de uma frase na cadeira dele. O garoto pegara, então, o livro dela e escrevera algo que ficaria gravado por todo sempre nela... Um pedido de casamento.

Nesse momento, percebi que não estava suando, e sim, chorando. Ela não respondera nada. Mas se ela tivesse dito sim, ele cumpriria sua promessa? Passa agora um vento, desfazendo parte daquela cena. Nessa nova cena, o garoto estava a entregar uma aliança à garota. Mas era estranho, ela não estava feliz. A cena então voltou à praça. Os dois estavam abraçados. Suas mãos estavam ainda encaixadas, mas a cena não continuou. As mãos, agora, deram origem a dois rostos. Finalmente poderia saber quem eram!


Procurei identificar rápido, outro prédio estava vindo destruir àquela cena. Finalmente descobri... Não posso acreditar! Todas as cenas agora passavam rapidamente como “flashes”. Os rostos eram sempre ressaltados. Na medida em que aumentava a rapidez com que as cenas se adiantavam em minha mente, aumentava também, uma certa agonia, falta de ar e disritmia. Fiquei dormente por alguns instantes. A cena congelou em minha mente. Olhei em minhas mãos e vi a mesma aliança que a garota das nuvens usava. Minha janela, agora, pôde me ajudar, mostrando no meu reflexo, o rosto da menina da história. Foi então que percebi que o garoto não havia presenteado à menina com a aliança, e sim, que a estava devolvendo. Sei disso por que era eu, ou melhor, sou eu aquela garota. Parei. Vi algo a mais em meu reflexo. Sangue... Será mesmo sangue? Escutei então gritos, logo após sirenes. Então percebi que nada mais podia ver. Senti alguém me pegar nos braços. Será ele que se arrependera e viera me salvar daquela dor agonizante? Mas e minha janela? Não queria deixa-la ali sozinha, ainda mais com aquele sangue... De quem era aquele sangue? Senti uma estranha vontade de dormir, mesmo sabendo que minha parada estava próxima. Não resisti, adormeci.


Acordei, estava tudo escuro. Só conseguia ouvir as vozes de meus pais. Eles vieram me buscar na parada? Mas por que estava tudo escuro? Meu amado, onde estava? Ainda sentia a presença da minha janela ali comigo. Então chegou mais alguém. Esse eu não conhecia, mas estava disposto a me esclarecer toda aquela situação. Falou-me que o sangue era meu. Aquele prédio que destruiria minha cena, na verdade, destruiu o ônibus em que eu estava. Eu não estava na parada, e sim, no hospital. Mas e minha janela? Por que sua presença ainda era tão forte? O médico, homem que havia me explicado tudo, explicou-me isso também. No momento do choque, eu estava encostada nela. Vendo minha tristeza, ela resolveu me abraçar, e no ímpeto de me proteger, penetrou profundamente em meus olhos. Eis o motivo da escuridão. Eram ataduras. Por isso ainda sentia minha janela ali comigo.


Aquela cena das mãos congelou em minha mente, ela havia sido o símbolo daquele meu amor. Naquela escuridão, momentânea ou não, era a única coisa que ficava visível. Quanto a minha janela, não precisaria me preocupar. Ela estaria guardada em meu corpo por algum tempo e pra sempre em minhas lembranças.



(Esse texto eu tive de fazer como uma redação que o colégio pediu, ou melhor, obrigou kkkkk. Tínhamos de fazer contos para participar do concurso de conto, redação e poesia... >< Boa leitura!! Espero que tenham gostado!^.^)


*Por: Ana Lieby"