sexta-feira, 20 de maio de 2011

In Musicland.


A música me fascina de todas as maneiras que você possa imaginar. Sabe aquele momento que tá aquele silêncio entre você e alguém, e começa a tocar uma música, parece que nenhum diálogo é necessário? A música nos foi presenteada como uma forma a mais de comunicação, uma linda e perfeita forma de comunicação. Já reparou que quando você conhece alguém vai logo perguntando sobre o gosto musical ? É aquela coisa, a música te define. E aquela canção que você escuta e lembra de alguém? Lembra de um momento? Lembra de uma fase da sua vida?  A música faz parte da sua memória.  Muitas vezes você está profundamente magoado, ou desiludido com a vida, e vai logo procurar ouvir aquele cantor, aquela banda que você ouve sempre. E mesmo que com um rio de lágrimas, a sua dor parece ser compartilhada, naquele momento.











É tão prova que o ser humano e a música foram feitos um pro outro, que a relação entre os dois é de dependência. Não dá pra esconder, temos vontade de cantar, tocar algum instrumento, ou pelo menos admiramos quem o saiba fazer com talento. Produzir um som com sentido faz você se sentir mais capaz, atento e ao mesmo tempo relaxado, é um processo de aprimoramento, de entrega sem fim.  













      Sabe, um dia, ao invés de sentir identificação, eu cheguei a sentir raiva, por tantas músicas descreverem o que eu sentia. Eu pensei que meu sentimento tinha sido banalizado, pois se todo mundo escrevia sobre aquilo, era algo mais comum do que eu pensava, e eu era apenas mais uma que havia caído no “conto da Cinderela”...uma certa indignação tomou conta de mim, e por um tempo eu não quis ouvir mais nenhuma daquelas ‘coisas’ que eu vinha escutando. Depois meu coração foi se acalmando, e eu percebi que tinha um lado bom nisso tudo...se todo mundo passava pelo mesmo que eu, eu teria que ser forte como eles foram, e passar por cima dos monstros que me atormentavam. O problema estava dentro, e não fora. Se a música me incomodava tanto é porque ela era a única que conseguia ultrapassar a barreira de falsidades que eu havia criado em torno de mim, por que eu me tornara tão boa em esconder aquilo, que ninguém mais percebia. Poderia ter sido um desfarce perfeito, mas aquela letra escolhida a dedo, e aquela melodia semi-divina haviam me desmascarado, e foram pedir contas diretamente à minha alma.


"Prefiro a música. Porque ela ouve o meu silêncio e ainda o traduz, sem que eu precise me  explicar."


Por: Ingrid Carvalho enquanto Lia Ventura



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